11.1.11

Aluno na área (2)

Hoje é dia de Luís Tertulino, meu futuro aluno e eterno secretário para assuntos aleatórios.
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Um dia desses eu achei um artigo na internet que começava falando sobre os problemas de dislexia e TDAH que o músico Ozzy Osbourne enfrentou na escola. O artigo claro que não tratou especificamente disso: usou esse fato como pontapé inicial para falar sobre como os professores/educadores tratam e devem tratar seus alunos/educandos com problemas de aprendizagem e de raciocínio. Obviamente, o artigo me incitou a escrever sobre o assunto.

Milhares de pessoas no mundo inteiro passam por esse mesmo problema, e qual a atitude tomada por muitos dos professores? Considerar esses alunos como incapazes de adquirir qualquer conhecimento que seja. Em suma, “burros”. Não são apenas os professores. Os outros alunos também vêem o colega dessa mesma maneira. E quem sofre desse distúrbio em algum momento acaba se convencendo disso; e assim como Ozzy, passam a considerar o ambiente escolar um verdadeiro “inferno”, e portanto abominam esse lugar.

O problema é que os professores – ou pelo menos muitos deles – esperam que todos os alunos de sua(s) sala(s) de aula aprendam da mesma maneira, na mesma velocidade e no mesmo espaço de tempo, e sabemos muito bem que as coisas não funcionam dessa forma. Mesmo os alunos ditos “normais” possuem certas particularidades quando o assunto é aprender, que como o próprio nome diz, devem ser tratadas de forma particular, e não em meio a grupo de aproximadamente 30 pessoas.

Um bom exemplo é o ensino de LI (Língua Inglesa). Cada aluno tem sua própria maneira de filtrar o idioma. Alguns podem, por exemplo, frequentar os famosos cursos de idiomas, outros podem ser autodidatas, outros podem ter mais contato com o inglês; e ao contrário, alguns podem não ter acesso a nada disso, sendo então dependentes da obrigatoriedade do ensino de Li no Brasil (que como todos nós sabemos muito bem, nem sempre é de boa qualidade – assim como a educação como um todo). Aí tudo piora de vez, pois, além dos alunos terem uma visão “mecanizada” do inglês, eles são, de certa forma, “marginalizados”, onde suas dificuldades com são quase que totalmente esquecidas. Digo isso por experiência própria, onde, da mesma maneira que muitos amigos meus, ficamos presos a ideia do verbo “Tobby” – é alarmante estudar por quatro anos a mesma coisa.

Então, é vitalmente necessário que o professor dê atenção a cada aluno especificamente, o que não quer dizer que o primeiro vai “segurar na mão” do segundo, mas coisas como estar aberto a detalhes como falta de atenção/concentração dos alunos. Coisas como essas podem fazer (e farão) toda a diferença no processo de educação e tornarão a escola uma vivência menos traumática para os alunos.
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Luís Tertulino é dono do Filosofia da Censura, bolsista de iniciação ao trabalho (a escola não funciona sem ele), fã do bom e velho rock'n'roll  e tá morrendo de medo de ser meu aluno em 2011!

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